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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Greyson Chance

O cover da Lady Gaga lança seu primeiro single, a voz dele é tudo!

domingo, 24 de outubro de 2010

“Made in…”, o novo projeto da Prada

Tem coisas que não mudam. Uma delas é a carta-surpresa da Prada, que pode ser sacada num lookbook diferente, numa galeria mutante, num concurso de história em quadrinhos… A última novidade é o projeto “Made in…”, que bate de frente com uma discussão legal sobre o que exatamente constitui uma peça “Made in Italy”.
Ao invés de esconder onde foram feitas certas peças – produzir na China, colocar um botão na Paris e etiquetar “Made in France”, por exemplo, é um dos caminhos mais comuns –, Miuccia Prada disse ao “The New York Times” que a idéia “tira a hipocrisia” e evidencia os talentos locais empregados naquelas peças.
Inicialmente serão quatro novas etiquetas: vestidos com bordados típicos e sapatilhas coloridas “Made in India”, jeans pintados à mão “Made in Japan”, malhas de lã de alpaca “Made in Peru” e típicos kilts “Made in Scotland”.
prada-made-inAs novas etiquetas “Made in…” da Prada: atestado político ©Reprodução
“O meu é um discurso político, e vem de uma apreciação pessoal da originalidade”, continuou Miuccia. Mas ela mesma admitiu não ser apenas uma vontade sua: “Agora você precisa abraçar o mundo se quiser continuar vivendo.”

sábado, 23 de outubro de 2010

Londres recebe megaexposição sobre os japoneses na moda

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Está rolando na Barbican Gallery, em Londres, uma exposição dedicada ao trabalho dos estilistas japoneses responsáveis por algumas das maiores revoluções na moda do século 20. “Future Beauty: 30 Years of Japanese Fashion” explora a relação entre o trabalho de estilistas como Issey Miyake, Rei Kawakubo, Yohji Yamamoto, Jun Takahashi e Tao Kurihara com aspectos da cultura e história do Japão.
A mostra vem dividida em duas seções, uma dedicada ao trabalho individual de cada estilista e outra subdividida em quatro temas _ou “características”_ que permeiam os trabalhos dos designer envolvidos. São eles: In Praise of Shadows, onde o recorrente interesse por uma cartela de cores monocromática e o trabalho com texturas e formas são explorados como denominador comum; Flatness, explorando o conceito de geometria e sobreposição de camadas lisas à outras volumosas no trabalho de Issey Miyake e Rei Kawakbuo; Tradition and Innovation, em que são estudados reinvenções ou revoluções em peças tradicionalmente japonesas através de novas técnicas têxteis, de construção e também através da tecnologia; e Cool Japan, sobre a nova geração de estilista japoneses, como Tao Kurihara e o coletivo Mintdesigns, que já desfilaram no SPFW inverno 2008.
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Na segunda metade dos anos 80 uma severa crise econômica assolava o mundo, afetando também a criatividade em todas as áreas e principalmente na moda. Devido às dificuldades financeiras na década, os estilistas já bem estabelecidos não propunham grandes mudanças, nem ousavam muito. O marasmo mercadológico logo despertou uma vontade de mudança, uma busca por novos estilistas. Foi nesse cenário, então, que três estilistas japoneses recém chegados a Paris surpreenderam o mundo com seus conceitos totalmente novos e suas roupas inesperadas.
Por mais que Kenzo Takada e Hanaë Mori já tivessem chegado em Paris nos anos 70, firmando de vez a globalidade na moda, foram Issey Miyake, Rei Kawakubo e Yohji Yamamoto os responsáveis por mudar por completo a maneira como a moda era vista, analisada e entendida.
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O sucesso dessa santíssima trindade fashion não foi imediato. Em seus primeiros desfiles, os japoneses foram vítimas de críticas severas. Mas que no fundo eram apenas olhares desacostumados aos ideais libertários, sem qualquer amarras com tabus e convenções do vestir ocidental. Após um solavanco inicial, a imprensa especializada e os grandes nomes da indústria perceberam que os conceitos e ideias sobre moda e vestuário propostos pelos japoneses configuravam uma mudança drástica, porém extremamente positiva.
Em parte, a inovação se deu pelo uso de técnicas e materiais tipicamente japoneses, como os tecidos de fibras naturais, tingimentos orgânicos, cores fracas e cortes que lembravam roupas antigas de trabalho. Logo no início de suas carreiras em Paris, os japoneses ficaram conhecidos pelo “pauperismo”: roupas com aspecto pobre, tecidos furados e rasgados, sempre em preto ou tons escuros, com muitas sobreposições e amarrações que resultavam em formas amplas, longas, molengas e assimétricas.
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Os estilistas orientais, assim, materializavam sua vontade contra os estilistas ocidentais, entregues ao luxo opulento, e criaram uma espécie de miséria luxuosa. O luxo do lixo. Acima de tudo, os criadores vindos do Japão quebraram convenções e subverteram as regras no tabuleiro da moda.
Talvez por não terem um passado histórico tão aristocrático, os japoneses conseguem enxergar e trabalhar muito mais livremente com a moda e com a própria roupa. Nunca antes uma passarela tinha abrigado calças de uma perna só, jaquetas com botões em locais inusitados e “visuais doentios”, como classificaram muitos opositores na época. Fato é que, através da união de conceitos múltiplos, do hi-low, do cruzamento entre oriente e ocidente, os japoneses mudaram para sempre o rumo da moda mundial.
Future Beauty: 30 Years of Japanese Fashion
15 de outubro de 2010 a 06 de fevereiro de 2011
Barbican Art Gallery

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Mais do By Mk pra vocês

















 
 
 
 
 
 
 
 

Gap muda o logo, se arrepende, e pede ajuda aos internauta.


Tudo aconteceu muito rapidamente, mas não o bastante para passar despercebido: a marca Gap liberou nesta semana o seu novo logo depois de mais de 20 anos.
antes-e-depois-GAPÀ esquerda o logo clássico da Gap; à direita a desastrosa tentativa de mudar ©Divulgação
A reação online foi imediata _e extremamente contrária: especialistas, blogueiros, fashionistas, designers gráficos e palpiteiros (principalmente!) caíram matando na imagem que foi considerada unanimemente “ruim”. Sem pestanejar, e como se nada tivesse acontecido, os executivos da Gap resolveram fazer o que os marqueteiros chamam de “backpedaling” (pedalar pra trás, em português). Basicamente, a marca está assumindo publicamente que estava apenas “experimentando” com um novo logo, conforme declarou em sua página oficial no facebook. 
“Obrigado pela opinião de todos vocês sobre o novo logo! Temos o mesmo logo por mais de 20 anos, e essa é apenas uma das coisas que estamos mudando na empresa. Sabemos que esse novo logo causou muita polêmica e estamos felizes em ver os debates online. Tanto que queremos que vocês compartilhem os seus designs. Amamos a nossa versão, mas gostaríamos de ver outras ideias. Fiquem ligados nos detalhes que iremos divulgar em breve sobre esse projeto de crowdsourcing”.
Oportunistas, os executivos aproveitaram o revés para anunciar o crowdsourcing, o que significa: em vez de usarem apenas o departamento visual da Gap para chegar a um novo logo, a grife vai capitanear recursos (sourcing = captação) da comunidade online (crowd = multidão) para definir seu novo visual, no melhor estilo “não gostou? Então faça melhor”.